A importância da globalização do Rap Nacional, e a dificuldade de alguns rappers em manter a essência de protesto contra o sistema que sempre teve é algo notório. Nem todos os Mcs atuais tem mantido a real mensagem do rap. Com Raízes em Racionais, Facção Central, Sabotage, Kamau, e entre outros, não tem sido suficiente para quem acabou de chegar entender.
Porém, ainda há pessoas que valorizam quem chegou primeiro, entendendo que, os pioneiros traçaram um caminho para os que viessem depois deles passassem.
Um desses é o Rapper Djonga. No dia 14/03 ele lançou seu segundo álbum, composto por 10 faixas o artista não deixou passar nenhum assunto discutido atualmente, e colocou todo o conteúdo em seu novo trabalho.
Desde a capa Djonga conseguiu causar polêmica. Em um fundo azul, sentado no colo de uma mulher negra e pisando em um homem branco.
Em seu instagram, ele disse, “2017 foi o pior ano da minha vida, foi o melhor também. . .tudo que eu não tinha, por exemplo, auto estima, eu passei a ter, talvez até de mais. A verdade é que desde pequeno eu sabia onde eu queria chegar, na verdade, desde pequeno mesmo sem até hoje saber o que é isso, tudo que eu quis e tudo que eu quero é ser Deus.
Essa é a capa do meu melhor trabalho.
Pensada por mim, com ideias do meu irmão @1993agosto e com a foto que ele fez também.
Finalizado pelo meu irmão @alvinhocaverna e que só aconteceu pq essas duas pessoas aí se entregaram pro trabalho e modelaram lindamente (@genizeribeiro e @bruno.secco Meus amigos e Amigas falaram que tá tarde pra soltar, eu também acho. Mas eu tava muito ansioso.”
Diferente das discussões em torno da capa de seu segundo álbum que foram bem negativas em relação a qualidade, choveu bons comentários a respeito das músicas contidas no trabalho.
Criticando o sistema, racismo, e grandes problemas como a desigualdade social, Djonga também fala sobre relações amorosas, familiares, sua criação e suas experiências ao longo da vida, e com o Rap nacional.
Em algumas músicas o Rapper menciona seu primeiro trabalho “Heresia” e músicas também. Com participação especial de Karol Conká, o álbum está repleto de informações, auto estima, e resistência.
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